Peguei este livro o ano passado quando fiz um mês dedicado a
leituras sobre a 2ª Guerra Mundial. Este era um lançamento à época e pela sua
premissa diferente decidi arriscar. Confesso que a leitura não ficou favorita,
mas gostei daquilo que li.
Marie-Laure é uma
jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de
História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e
filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma
joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição.
Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola militar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de trevas.
Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola militar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de trevas.
Esta é a história de dois meninos cuja inocência foi apenas
abalada por aquilo que assistimos como a 2ª grande guerra. Marie-Laure é um
menina cega que não deixou que isso a afectasse e seguiu a sua vida, mesmo
quando os nazis ocuparam Paris e isso obrigou a ela e ao pai a fugirem, mesmo quando a sua condição a fazia
parecer menor e menos útil. Ela não se deixou abalar e lutou sempre por ela e
pelo seu pai. Aprendeu como se movimentar nas cidades através de maquetas construídas pelo pai e mesmo quando já nada parecia ter um final feliz ela
encontra num rádio a possível salvação. Rádio esse que liga esta história à do
Werner, um órfão cujo fascínio por rádios o leva a uma escola alemã e o
encaminha para a guerra, no departamento dos rádios. Ele que se vê afastado da
irmã e que presencia o quão horrível é a guerra tenta fugir e mudar o seu
destino.
O livro tem uma premissa bastante interessante e as dificuldades
de cada protagonista não são o tema principal. A força e a história deles é que
diferencia este livro. Cada um à sua maneira não deixou que essas falhas ou o
seu destino lhes mudasse a sorte e foram-se moldando e lutando por um dia
melhor. A história acontece em dois locais distintos. Pelo lado da Marie-Laure
temos Paris, cidade da cultura, cidade apaixonante que é também ela fonte de
conhecimento, uma vez que o pai trabalha no Museu Nacional de História como
encarregado das chaves e à altura da fuga acaba por levar com ele algo muito
importante que vai atrair para ele atenções indesejadas. Já Werner vive nas
montanhas da Alemanha onde com a irmã tenta ter a vida mais pacata. E os nossos
protagonistas não podiam ter histórias tão diferentes e destinos tão diferentes
que por acasos da sorte se vão encontrar e mudar a completamente.
Gostei do livro, da sua história e da forma como ela nos foi
contada. O autor esteve bem na exploração de uma história diferente desta época
e na construção e criação de personagens cujas histórias raramente são
contadas. Só não adorei de todo o ritmo do livro, que acaba por ser lento
demais e arrastado demais. Acabei por não conseguir manter um ritmo regular de
leitura acabando por isso por levar mais tempo a terminar. Se não
fosse isso teria gostado ainda mais do livro. É no entanto uma história que
recomendo e que deve ser lida por quem gosta deste género e destes temas.
Deixei este livro a meio o ano passado porque não senti que era altura para o ler...e depois tinha receio de não gostar porque não estava a conseguir ler nenhum livro =) Gostei da tua opinião, tenho que pegar nele!! Beijinhos*
ResponderEliminarSim.. confesso que ele não tem o melhor ritmo e que a meio do livro ele perde alguma força, mas recomendo pela sua história.
EliminarBeijinhos*