As opiniões que vos trago hoje estão nomeadas aos Oscars nas categorias de melhor filme de animação com o filme The Red Turtle e melhor argumento original com o The Lobster. Filmes menos falados mas que valem muito a pena serem vistos.
The Red Turtle
Quando parti para a visualização deste filme não sabia nada
sobre ele e fiquei logo entusiasmada quando percebi no início que este era um
filme em colaboarção com os Estúdios Ghibli. The Red Turtle conta-nos a história de um
homem que vai parar a uma ilha deserta, e que tem que aprender a sobreviver
ali, visto que de cada vez que tenta abandonar a ilha há algo que o impede. É
aí que aparece na costa um tartaruga vermelha que ele percebe ser a causa de
não conseguir sair da ilha e tenta matá-la. A tartaruga acaba por se
transformar numa linda mulher pela qual ele se apaixona. O filme é assim um
misto de realidade com uma certa fantasia que apesar de não ter falas acaba por
nos tocar. Todo este filme acaba por ser uma aventura de auto-conhecimento
e de crescimento. O filme ganha pela sua imagem e pela sua banda sonora que ao
serem simples acabam por cativar. Acabei no entanto por não adorar por achar
que faltou ali algo. Não sei se foi a falta de falas, ou a falta de algumas explicações,
se bem que um certo mistério aguça também a nossa curiosidade. Também a falta
de algo avassalador a acontecer no filme fez com que eu não me entusiasmasse ao
vê-lo, ao ser tão simples tornou-o por vezes aborrecido. É no entanto um bom
filme de animação que eu recomendo.
The Lobster
Imaginem um mundo onde só pudessem viver se estivessem casados. Pois é,
este mundo é assim. David acaba de se divorciar, e quando isso acontece ele é
enviado para um hotel onde tem 45 dias para encontrar um novo amor e provar que
consegue viver com ela para poder regressar à cidade. Lá eles vivem um curso
intensivo de como estar solteiro é mau e ter um companheiro é que é bom. E para
chegarem ao fim dos 45 dias eles vão ter que passar por algumas provas. A maior
consequência está para aqueles que não conseguirem chegar ao fim dos 45 dias
com um companheiro, porque aí terão quer ser transformados em animais. Este é,
pelo que puderam ver, um filme muito estranho, mas muito interessante ao mesmo
tempo. Podemos pensar nele como uma espécie de distopia estranha. E ao mesmo
tempo que é tão estranho é tão bom. As interpretações são fantásticas, contamos
neste filme com o Colin Farrell, John C. Reilly, Léa Seydoux, Rachel Weisz entre outros, que dão corpo e alma a estas
pessoas tristes que vivem vidas tão estranhas, na eminência de virem a
tornar-se animais, e isso é algo muito assustador. Mas
o filme é mais complexo e apresenta-nos toda uma sociedade muito bem construída
em volta deste mundo. É um filme que vale muito a pena ver, e o qual vos
aconselho a ver sem grandes preconceitos e de mentalidade aberta. Um filme
diferente que recomendo.
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