Ver o filme mais elogiado da época e mais nomeado aos
Oscars de 2017 é uma grande responsabilidade. O trailer foi promissor e por
isso as expectativas apesar de não muito altas estavam cá. E foi com alguma
decepção que saí da sala de cinema.
O filme começa como tudo começa em Los
Angeles: na auto-estrada. Este é o lugar onde o pianista de jazz Sebastian
(Ryan Gosling), encontra a aspirante a atriz Mia (Emma Stone), com uma
buzinadela de desdém num engarrafamento que espelha o impasse em que navegam as
suas vidas. Ambos possuem o tipo de esperanças impossíveis que são a alma da
cidade: Sebastian tenta fazer com as pessoas gostem de jazz tradicional no
século XXI. Mia gostava de conseguir chegar ao fim de uma audição. Mas nenhum
dos dois espera que o seu fatídico encontro os leve onde nunca poderiam chegar
sozinhos.
Este é um filme que tenta relembrar os grandes clássicos musicais desde logo
com a sua imagem, as suas cores, a sua história, a sua edição e a sua
realização. É um musical e por isso é um filme que tem uma história base e que
vai sendo pautado por momentos de música, canto e dança. Mia é uma aspirante a
actriz que vive em Los Angeles e que nunca conseguiu passar da sala do casting.
Sebastian é um pianista de Jazz que sonha abrir o seu próprio clube, mas que
não tem dinheiro para isso. Quando se conhecem os seus sonhos são o mote para
o amor começar a florescer e juntos tentarem perseguir os seus sonhos. O
roteiro é simples e tinha tudo para com um grande contrabalanço com a parte do
musical ser um sucesso, mas para mim não o foi.
Conheço-me como ninguém e sei que quando dou voltas e voltas numa cadeira de
cinema sei que não estou a adorar o filme. E foi isso que aconteceu com este. O
filme simplesmente não me prendeu por todo ele como um conjunto. O filme é
bonito, tem uma boa realização, evoca muito bem os clássicos, mas falta muito
para chegar ao nível da perfeição. Para mim o romance não resultou
completamente. A química estava lá, mas o roteiro foi demasiado explorado e prolongado nesse aspecto. Mas para mim a parte que menos gostei mesmo foi o
musical. A banda sonora estava bem, com o recurso a orquestra e a muitos temas de jazz, que efectivamente deram um toque extra ao filme, mas existiram duas coisas que acabaram por não funcionar. A falta de
grandes números musicais bem como a falta de boas interpretações por parte dos
actores levou-me a não gostar tanto como estava à espera. Claro que compreendo que eles são actores, mas se o Ryan Gosling se safou muito bem tanto a tocar, como a cantar com o seu "City of Stars", o falsete em todo o filme da Emma Stone irritou-me um bocadinho e só não o detestei porque percebi que a culpa não foi dela, visto que na última música que ela canta, a da audição, ela mostra-nos a sua verdadeira voz, que por sinal é muito bonita.
Mas para saberem melhor toda a minha opinião aconselho-vos a assistirem ao
meu podcast com a Catarina no blog Serão no Sofá, que deixo abaixo onde podem
ouvir a nossa opinião com mais detalhes.
É um filme que recomendo por toda a sua realização, fotografia e até no fundo pela sua ideia, mas pelo menos para mim foi um filme que acabou por não funcionar como para a maioria da população.
Comigo também não resultou, gostei de algumas partes, mas achei o filme muito previsível e cheio de lugares comuns. Também não fiquei fascinada por aí além com as prestações do Ryan e da Emma.
ResponderEliminarPois.. Comigo, como pudeste ver, não funcionou mesmo..
EliminarAcima de tudo não me consegui conectar com o filme, a sua história e as suas interpretações.
Beijinhos*