Como sabem cada vez mais o cinema tem feito parte da minha vida e por isso também tenho visto mais filmes. Hoje trago-vos assim um conjunto de quatro opiniões de filmes que gostei mas não adorei.
Buster é um coala dono de um teatro em decadência, prestes a
ser tomado pelo banco para fazer face às dívidas. Determinado a não perder o
seu amado teatro ele cria um concurso de talentos para assim voltar a dinamizar
o seu espaço. Claro que muitas peripécias vão acontecer, mas também muito
talento ele vai descobrir. Este é assim o típico filme de animação, não
trazendo nada de novo ao panorama dos filmes no que toca à sua história. Temos
um personagem sonhador que acredita no seu teatro, só que acreditar não
chega e ele tem que procurar algo que leve as pessoas de novo ao teatro. Vai
ser assim o personagem a quem tudo vai correr mal mas que no fim acaba por
encontrar o seu final feliz. E depois claro temos todo um conjunto de
personagens para abrilhantar este filme, desde a mãe doméstica com o sonho de
cantar, ao casal de namorados que querem formar a dupla de sucesso ao gangster
romântico e menina tímida com um talento enorme. O filme ganha pela sua
qualidade de animação, de banda sonora e de vozes. É um filme do qual esperava
mais mas que nos acaba por enternecer.
The Zookeeper's Wife
O filme tem lugar durante a 2ª Guerra Mundial na Polónia,
mais precisamente no Jardim Zoológico. Quando as tropas alemãs invadiram a
Polónia Hitler manda desocupar o Jardim Zoológico e utilizá-lo como centro de
operações contra a vontade dos donos. Donos esses que revoltados com esta
situações e com a situação dos judeus começam a utilizar os labirintos do
zoológico para esconder e ajudar centenas de judeus do gueto da Polónia. Este é
assim um filme que espelha a coragem de alguns para ajudar a vida de muitos. E
confesso que estava com algumas expectativas para este filme, não só pela
realizadora, Niki Caro, ou pelo elenco, mas por ser um filme passado num Jardim
Zoológico. E confesso que saí um pouco desiludida do cinema, uma vez que o
filme acabou por não ser tão interessante como estava à espera. A parte dos
animais e do Jardim Zoológico é talvez aquilo que é menos explorada e aquilo que
eu gostava de ter visto mais, uma vez que à época os zoológicos deveriam ter um
funcionamento bastante diferente dos nossos dias. Quando as tropas alemãs
aparecem o filme rapidamente passa para a temática da ajuda aos judeus e de
tudo aquilo que isso implicava. É nesta parte que gostava que tivessem dado
mais importância ao patriarca da família, uma vez que era ele que arriscava e
que arriscou mais ao conseguir tirar os judeus do gueto e posteriormente
arranjar forma de eles saírem para o mundo. Tentando seguir uma linha mais feminina, foi dado mais relevo à personagem feminina principal e o filme acabou
por perder ritmo e algum entusiasmo. É no entanto um bom relato da 2ª Guerra
Mundial e um filme que devem ver.
Ways to Live Forever
Sam tem leucemia e não muito tempo de vida, e apesar da sua
tenra idade ele sabe disso. No dia em que a professora dele lhe propõe que
escreva o livro da sua vida ele começa a escrever um diário, a gravar vídeos e
a tentar cumprir a sua lista das coisas a fazer antes de morrer. Ele é um miúdo
normal que tenta enfrentar a sua doença e tentar viver com os seus problemas
como se vivesse para sempre e como se aquele fosse o seu último dia de viva,
vivendo-o ao máximo. Descobri este filme meio que por acaso e não estava à
espera de gostar tanto dele, porque ele é simples e ao mesmo tempo tão
profundo. Sam, ao longo do filme, vai fazendo questões muito pertinentes sobre
a morte que qualquer um de nós já se questionou ou que irá questionar, para
além de abordar as questões da sua doença de uma forma directa e bastante verdadeira.
E isso foi o que mais gostei neste filme, a sua verdade a sua sinceridade a
mostrar aquilo que uma criança sente ao passar por todos estes processos. O
filme em si não é excelente, nem em termos de realização ou até de elenco, mas
o seu roteiro e a sua edição são fantásticos, ao adicionar pequenos elementos
em ilustrações pop-up que ficam fantásticas. É por isso um filme que recomendo.
The Great Wall
William é um guerreiro europeu que junto com o seu amigo
Tovar vagueiam pelas terras orientais à procura de uma arma em pó que os poderá
ajudar a chegar ao poder. Atacados por um ser estranho eles acabam por ser
capturados pelo exército Sem Nome que operam na Grande Muralha da China. Este
exército actua na muralha para defender a China de um inimigo peculiar e numeroso
que de tempos em tempos decide atacar. De repente de reféns estes dois
europeus acabam a ser grandes ajudantes no combate a estes seres. Confesso que
quando saiu o trailer eu até fique com alguma curiosidade para ver o filme. E
apesar de o hype à volta dele não ser o maior lá decidi dar-lhe uma
oportunidade, no entanto não consegui gostar tanto do filme como estava à
espera inicialmente. A sua história, apesar da acção, é bastante simples. O
forasteiro que acaba numa emboscada e que depois acaba a gostar da rapariga
heroína e que no fim é ele o herói por ajudar a salvar o dia. Esta falta de
mais história e maior profundidade no local onde a mesma se passa,
nas razões profundas de certos acontecimentos e de certas personagens fez-me
falta. No entanto a parte visual e as cenas de acção acabam por contrabalançar
e serem muito bonitas e de alguma grandiosidade. Não digo que seja o melhor
filme de acção, mas é bom. O exército Sem Nome é muito interessante, cheio de
particularidades e de pormenores típicos da China e das suas culturas. Gostei
que o Chinês, enquanto língua, não fosse esquecida porque é lá que se passa o
filme e nem todos os locais falariam o inglês. No fundo, e apesar de não ficar
um filme memorável, foi um bom momento de cinema.
E vocês? Já viram algum destes filmes?

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