Filmes sobre relações familiares são sempre filmes que me
despertam curiosidade. Mas este teve mais do que isso, um trailer que me
interessou e a participação da Amanda Seyfried que me deixa sempre curiosa. No
fim, ficou um filme favorito e um que recomendo muito.
Jake é um escritor aclamado que após perder a mulher num
acidente de viação tem de lutar para conseguir criar a filha sozinho. Só que
um problema mental começa a despertar em Jake e ele acaba a não conseguir criar
Katie, da forma como sempre tinham vivido. Pai e filha foram sempre muito
próximos e tinham criado a melhor das relações, mas o que será que tudo o que
Katie viveu na infância farão pelo seu eu futuro.
Este é um filme poderoso, desde logo pela sua história. Pai
e filha vivem a maior das relações, são mais que pai e filha, são companheiros
inseparáveis e o amor que os une é inabalável. Mas Katie é uma criança quando
todos os problemas se abatem na vida deles e ela tem que aprender a crescer sem
os pais e acima de tudo sem aquele amor que ela sempre teve. Agora em adulta e
apesar de ter estudado psicologia e querer ajudar outras crianças, ela ainda
não tem tudo resolvido na vida dela. As interpretações são fantásticas, Russell
Crowe no papel de Jake, um escritor famoso que num momento de pouca inspiração
acaba mergulhado na sua escrita obsessivamente esquecendo muitas vezes a sua
filha e essa dor, a dor de perder a mulher, o amor pela filha, mas o facto de
não ter trabalho ou dinheiro é brilhantemente interpretados de uma forma que
vamos mesmo sentir que estamos junto daquele homem. Temos depois Amanda
Seyfried como Katie numa interpretação de uma menina mulher que não é capaz de
se entregar em nenhuma relação, quer ela seja amorosa ou não, devido ao seu
passado e às mágoas que a relação mal resolvida com o pai lhe acabou por marcar
a vida. Destaque ainda para a Kylie Rogers que interpreta a Katie em pequena numa
actuação fantástica que deu total credibilidade à personagem em criança.
Por último quero destacar deste filme a sua realização,
edição e fotografia que estiveram simplesmente fantásticas, principalmente a
sua edição, ao colocar a história do actual em seguimento da do passado em
formas de flashbacks ou de entrosamentos nas imagens o que deu uma ar ainda
mais fantástico ao filme.
Um filme que recomendo e que gostava que mais pessoas
vissem.

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