Este era um filme de animação que estava
super curiosa para ver, única e simplesmente pela sua imagem que não é a típica
animação. A história que tinha visto através do trailer tinha-me despertado
curiosidade por nos trazer uma cultura mais asiática, apesar de não ser esse o
foco do filme, e apesar de ter ficado intrigada com o trailer confesso que não
tinha entendido na totalidade a intenção do filme. Por isso parti para a
visualização dele quase sem saber de nada. E no fim acabei por me surpreender e
ter gostado muito deste filme.
Kubo vive
humildemente contando histórias fantásticas às pessoas da sua sonolenta aldeia
à beira-mar e cuidando da mãe. A sua calma existência é perturbada quando
acidentalmente convoca um espírito do passado que desce dos céus para cumprir
uma vingança ancestral. De súbito, vê-se
obrigado a fugir de deuses e monstros enquanto procura a armadura mágica que
pertencia ao seu pai, o maior de todos os samurais.
Quando comecei a ver o filme fiquei muito
maravilhada com a animação do mesmo, este filme vem do estúdio Laika Entertainment, conhecida pelos seus filmes em
stop motion, e é sem sombra de dúvidas uma obra de arte. A animação tem cores e
paisagens e personagens que são fantásticas e que dão um ar ao filme
maravilhoso. Juntam momentos de pura contemplação, com momentos de mais acção
que tornam o filme a um outro nível da animação.
Neste filme conhecemos então
o Kubo, um menino que por vicissitudes da vida acaba por ter de cuidar da mãe e
ao mesmo tempo por contar histórias na feira da cidade com recurso aos origamis
e ao seu banjo que tem propriedades mágicas. São momentos únicos que juntam
magia, inocência e uma capacidade extra de nos prender às histórias que ele nos
vai contando. Aliás os origamis são uma das partes centrais do filme, invocando
uma arte asiática, impressionante por nos mostrar a sua versatilidade e
acrescentando momentos mágicos ao filme.
O filme acho que acaba por
me agradar pelo facto de eu não ter ido com muitas expectativas para a sua
visualização. Gostei muito de todo o enredo e da forma como mesmo se foi
desenrolando. Gostei da evolução do Kubo enquanto personagem principal,
principalmente pelo facto de ir crescendo enquanto pessoa. E depois claro toda
a sua ligação familiar, envolvendo a sua mãe, o pai samurai e as tias meias
góticas. O filme balança assim, para mim, muito bem entre os momentos ternos e
amorosos entre o Kubo e a sua família, e
os momentos de tensão e mais obscuros com as suas tias.
Posso dizer que o que menos gostei foi a parte do avô do Kubo que acaba por ser pouco explorada e
quando o é, é de uma forma muito repentina o que corta um pouco o clima final
do filme.
No fim gostei muito da
mensagem que o filme nos passa, o poder das memórias é sem sombra de dúvidas um
poder muito forte, e que nos é passada de uma forma muito bonita.
Foi um filme que gostei
muito e que recomendo que todos vejam.

Sem dúvida o melhor filme de animação do ano passado! Quando li as críticas fiquei com as expectativas elevadas mas felizmente não fiquei decepcionado. A história, música e efeitos visuais são uma verdadeira obra de arte :)
ResponderEliminarRicardo, The Ghostly Walker.
Realmente é um filme maravilhoso a muitos níveis..
EliminarEu fui completamente surpreendida e ficou também um dos meus favoritos do ano passado..